Tal atitude não é novidade quando se trata de Israel, autor contumaz de crimes contra a humanidade e violações dos direitos humanos, promotores do unilateralismo, agressores e genocidas, que tem um histórico de intolerância e reações despropositadas. No último dia 26 de março o governo de Israel cortou relações com o Conselho de Direitos Humanos da ONU, em reação à decisão do órgão de criar uma comissão para investigar os assentamentos judeus nos territórios ocupados. Israel anunciou ainda que não permitirá a visita da comissão ao país e que estuda sanções à Autoridade Nacional Palestina (ANP), que articulou a votação na ONU. O embaixador israelense em Genebra foi orientado a suspender a cooperação e não atender nem a telefonemas do CDH, o que só reforça o isolamento diplomático do país.
Para os palestinos a decisão do Conselho de Direitos Humanos da ONU representa uma vitória para sua causa, na medida em que apoia os direitos palestinos contra a ocupação e colonização israelenses, uma uma séria mensagem da comunidade internacional a Israel, de que a colonização é ilegal e deve cessar totalmente.
Nabil Shaath, um dos principais dirigentes da ANP, disse que a recusa de Israel em cooperar não bloqueará a investigação. Segundo ele, mapas e fotos estão sendo preparados para a análise da ONU: – “Iremos a qualquer órgão internacional que possa investigar e impor sanções”.
Em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, áreas ocupadas por Israel desde 1967, vivem cerca de 500 mil judeus, em assentamentos que a ONU considera ilegais. Grande parte da comunidade internacional vê a construção de assentamentos em terras palestinas ocupadas como um grande entrave para a paz na região e pressiona Israel para que congele novas construções.
A ”missão de investigação internacional independente (…) para avaliar as consequências das colônias israelenses nos direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais do povo palestino”, solicitada pela Autoridade Palestina, foi uma das 40 Resoluções aprovadas no último dia 22/03, e o único país do Conselho a votar contra foram os Estados Unidos.
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